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25 de Abril de 2024

Quais as diferenças entre eutanásia, morte assistida, ortotanásia e sedação paliativa? - Patricia Donati de Almeida

há 16 anos

Etimologicamente eutanásia, significa "morte boa" (eu = bom/boa; thánatos = morte) ou "morte sem grandes sofrimentos".

Eutanásia ativa nada mais é que uma das classificações conferidas pela doutrina, à eutanásia. De maneira simples, é o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente. É chamada de ativa, pois importa em conduta comissiva, haja vista que se pratica um ato lesivo, que, dentro de certas circunstâncias e condições, conduz o paciente à morte desejada. É o exemplo da injeção letal.

Note-se que a criação do risco, em tal situação, corre por conta do próprio agente, e, não do paciente. (não do paciente).

Concluindo: eutanásia ativa é o mesmo que causar a morte de um paciente terminal, a pedido dele, respeitando-se uma série de condições.

Já a morte assistida (ou suicídio assistido ou morte medicamente assistida) consiste no auxílio para a morte de uma pessoa, que pratica pessoalmente o ato que conduz à sua morte (ao seu suicídio).

Há de se notar que na morte assistida a criação do risco é gerada pelo próprio paciente (essa é uma forma de autocolocação em risco, diante de conduta própria). O agente (o terceiro), nesse caso, apenas auxilia, não originando o ato criador do risco. Nisso é que a morte assistida difere da eutanásia.

A ortotanásia (também chamada de eutanásia passiva e que, etimologicamente, significa morte no tempo certo) caracteriza-se pela limitação ou suspensão do esforço terapêutico, ou seja, do tratamento ou dos procedimentos que estão prolongando a vida de doentes terminais, sem chance de cura. O desligamento de aparelhos configura, inequivocamente, ortotanásia.

Por fim, a sedação paliativa consiste em suavizar, por meio de medicamentos, a dor do paciente. Ela procura evitar (ou diminuir) o sofrimento da pessoa em estado terminal. Mas nesse caso não se antecipa o momento da morte. Nas três situações acima descritas (eutanásia ativa, morte assistida e ortotanásia) há antecipação do momento da morte. Isso não ocorre na mera sedação paliativa.

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AS MENTES ANALÍTICAS DOS INTELECTUAIS ESTÃO CHEIAS DE DÚVIDAS SOBRE OS FACTOS MAIS RELEVANTES DA VIDA, PARA A HUMANIDADE: A SOBREVIVÊNCIA, A IMORTALIDADE E A ETERNIDADE DA CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL.
Há muitos instruídos que, nada tendo estudado das Leis cósmicas (como as da Evolução, do Renascimento e do Carma), limitam-se a «crer» ou «não-crer», com a mesma ingenuidade dos crentes das religiões dogmáticas (embora os consideremos com o devido respeito). Mas não é isto o ideal a seguir. TODOS DEVEM ESTUDAR profundamente a pletora enorme de provas científicas inúmeras da sobrevivência humana ao transe da morte. Foi o que fizemos toda a nossa vida, para termos as certezas científicas completas que possuímos, sem nos termos limitado nunca à linearidade superficialista do «crer». E ninguém se esqueça que as EMI (Experiências de Morte Iminente), EQM (Experiências de Quase Morte) ou NDE (Near Death Experiences) são apenas uma pequenina “ponta do icebergue” da Verdade imortalista sobre a continuidade da Vida muito além da morte!...
Para que os duvidosos da mente dissipem de vez todas as dúvidas que eventualmente os cilindrem na descrença, queiram ler os seguintes tópicos do puro Ouro do Saber real, em:
Https://aquariusidadedeouro.blogspot.pt/
03: Vida Além-Provas Científicas
04: Os Depoimentos Científicos
39: O Homem que Matou a Morte
02: A "Desencarnação da Alma"
05: Os Sete Mundos Espirituais
Paz Profunda!... Com os mais cordiais e respeitosos cumprimentos!...
João Fortunato Silva (Prof. Astrophyl), um Sábio de Portugal. continuar lendo

Excelente!!! continuar lendo

muito legal nem sabia que existia a morte assistida , nossa que estranho um ser humano fazer isso ....meu deus continuar lendo

https://hypescience.com/depois-de-73-anos-de-casamento-este-casal-canadense-escolheu-morrer-de-maos-dadas/?fbclid=IwAR3VZAf2iIGFUfVDHEC8VduQeZL-AIkX796On9r_DGqxWgLsHdo-k7xiDI0 continuar lendo

Cada um com sua consciência, com sua liberdade. A coletividade não deveria obrigar um indivíduo privado a viver. continuar lendo

Gostaria que fosse mais acessível. "Viver" como um inválido e ser negado auxílio do Estado por não ser praticamente um mendigo sem família como as restrições ditam (no caso do BPC) não é algo que desejo para ninguém, muito menos para mim. continuar lendo