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24 de Abril de 2024
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    Prática esportiva faz bem para o corpo e também para a mente

    há 10 anos

    Todo mundo sabe que a prática de exercícios traz uma série de benefícios para a saúde. Músculos, sistema circulatório, respiratório, ossos, são áreas que se beneficiam dessas atividades. O que muita gente não sabe é que a mente também é estimulada. Seja por meio da liberação de neurotransmissores, pela relação interpessoal ou até pela preocupação com a alimentação, a prática de exercícios físicos ajuda a promover o bem-estar nos praticantes.

    "O ser humano é um ser biopsicossocial. Para alcançar o bem-estar, ele deve desenvolver tanto sua área biológica, quanto psicológica e social", comenta Daniele Ignacio, pós-doutoranda em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela conta que a prática de exercícios físicos combate a depressão. "A partir de 30 minutos de atividades, o corpo libera neurotransmissores relacionados ao prazer. Isso faz com que os exercícios sejam recomendados para combater a depressão, eliminando a necessidade de medicamentos", comenta Daniele.

    A endorfina e a serotonina são os neurotransmissores liberados pelo corpo quando atividades prazerosas são realizadas. As atividades aeróbicas, como caminhada, corrida e ciclismo estimulam uma grande liberação dessas substâncias no corpo, provocando prazer em quem as pratica. O fisiologista Roberto Chiari conta que, quando realizadas com uma certa regularidade, as atividades físicas provocam uma espécie de vício saudável na pessoa. "Quando a pessoa para de praticar o exercício por um período, o corpo sente falta dessas substâncias e ele pode ficar mal-humorado", comenta Chiari.

    Esse vício surge por causa de uma estrutura no cérebro chamada amígdala. Pesquisador do Grupo de Estudo e pesquisa em Biologia Integrativa do Exercício da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (GEPEBIEX-UFRN), Daniel Machado explica que a amígdala associa atividades ao prazer que elas provocam. "Ela é estimulada pelo uso de drogas, por exemplo. Com os exercícios físicos, acontece a mesma coisa". Ele explica que esse vício estimula a pessoa a continar realizando as atividades.

    Daniel destaca que os exercícios físicos ativam as mesmas áreas do cérebro envolvidas em tarefas cognitivas e intelectuais. Quando essas áreas são constantemente estimuladas, é mais fácil acessá-las. "Um exercício físico promove um aumento no combustível dos neurônios", comenta. Quanto mais glicogênio, melhor o cérebro funciona.

    Os exercícios trazem também benefícios indiretos para a pessoa. Roberto conta que as pessoas acabam se relacionando com outras que realizam as mesmas atividades, fazendo amizades.

    "Normalmente, hábitos saudáveis estimulam outros hábitos, como uma alimentação mais saudável", destaca Chiari. O fisiologista conta que os atletas também passam a se importar mais com a aparência. "Eles começam a querer cuidar melhor da pelé, do cabelo, querem se vestir melhor", destaca.

    Vencendo a inércia

    Um dos maiores desafios para os atletas iniciantes é adquirir o hábito da prática esportiva. No início, as atividades causam estresse, dor e cansaço, o que desestimula muita gente a prosseguir. "Não existe uma regra definida, mas, geralmente, após o primeiro mês de atividade, as pessoas começam a sentir prazer em se exercitar", comenta Chiari. Para facilitar esse processo, o fisiologista recomenda que a pessoa procure uma atividade que goste de praticar e comece aos poucos.

    "Às vezes, o atleta amador vê um profissional na televisão e tenta imitá-lo. Mas o profissional tem um preparo que o amador não tem", destaca Roberto. Chiari conta que a regularidade é mais importante que a quantidade de exercício realizada. "Não adianta nada a pessoa correr quatro dias em uma semana, dois dias na seguinte, um na posterior e três na outra. Ele deve manter uma frequência certa". Isso vale, por exemplo, para os famosos jogadores de futebol de fim de semana. Por ser uma atividade que exige muito do corpo, é importante que o futebolista amador mantenha-se exercitando mesmo quando não tem jogo.

    Outra dica importante é procurar uma atividade que possa realizar, sem depender de outras pessoas. "Não existe um esporte ideal para a pessoa praticar, mas quanto mais simples for, melhor", comenta Chiari. Por exemplo, a pessoa pode gostar muito de tênis, mas se não tiver um espaço ou com quem jogar, terá dificuldades para manter uma regularidade. "Por ser mais simples, as pessoas podem começar praticando a caminhada ou mesmo a corrida, que dependem só dela", conta.

    Fonte: G1

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