Minas lança presídio para gestantes e mães de bebês
Recém-inaugurado, um presídio criado pelo governo de Minas Gerais para abrigar presas gestantes e mães de bebês com até 12 meses já está ocupado por 40 detentas. O presídio não tem celas. As presas e os bebês recebem assistência odontológica e médica e são vigiados por 50 agentes penitenciários formados em enfermagem.
O Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, que o governador Aécio Neves (PSDB) foi conhecer nesta quinta-feira na cidade de Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, tem espaço para receber mais 20 presas. Minas tem cerca de 42 mil presos no sistema prisional, sendo 1.954 mulheres (4,6%).
O secretário de Defesa Social, Maurício Campos, diz que as 60 vagas atendem à demanda atual, mas que o Estado já estuda construir no futuro uma unidade maior e planejada. A atual foi adaptada.
O presídio surgiu porque as mães e gestantes não tinham espaço adequado e precisavam de atenção especial. "A proposta é humanizar o sistema, facilitar o convívio e diminuir o efeito da privação e o distúrbio familiar", afirma.
Segundo a secretaria, quando o homem é preso, a mulher mantém o núcleo familiar. Quando é o contrário, o homem quase sempre vai embora e os filhos são distribuídos entre os parentes.
No centro em Vespasiano, as mulheres dormem em alojamentos, dotados de camas e berços. Após a gestação, o bebê e a mãe ficam no presídio até ele completar um ano de vida. O bebê, então, vai para a guarda de um parente, e a mãe retorna para o presídio de origem.
Das 40 gestantes e mães presas, 90% foram condenadas a oito anos de prisão, em média, por tráfico de drogas ou associação ao tráfico.
O presídio terá uma fábrica de fraldas. As presas ainda poderão estudar, frequentar oficina de artesanato e cursos de formação técnica em estética e embelezamento.
Fonte: www.folhaonline.com.br
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.